Pesquisar este blog

domingo, 10 de março de 2013

Valiozo


Relato de Experiência

A reprovação e a exclusão era o que falava mais alto, na escola em que Pedro frequentava sentia-me frustrada diante da estrutura pedagógica, observava a relação professor e aluno que apenas acontecia como discurso não objetivando a necessidade de transformação social, prevalecendo à reprovação e conseqüentemente a exclusão.


 frequentava nesta escola a terceira-série do ensino fundamental, até então antes não havia apresentado nenhuma dificuldade de aprendizagem, foi passar para está escola após alguns meses já começou apresentar sérios problemas de aprendizagem.
Sentia-me frustrada diante de tantas reclamações da professora, pois em casa todas as atividades propostas eram realizadas com muito êxito. Por outro lado o seu caderno de classe era só bilhete, com os seguintes dizeres: “mamãe, o seu filho não faz nada só presta atenção nós outros.”
Então comecei a me aprofundar mais em meus estudos com o intuito de buscar soluções, e comecei em casa trabalhar o mesmo conteúdo proposto pela professora, mas de forma diferente, ou seja, através de diversas brincadeiras.
Foi onde fui verificando que na verdade não era o Pedro que estava com dificuldades de aprendizagem, e sim a professora que fazia uso de uma didática tradicional, não valorizava seus alunos, ou seja, era a dona do saber.
Onde na verdade deveria haver mais diálogo, troca de experiências e fazer uma análise da sua didática onde isso não acontecia, pois é muito mais fácil acharmos um culpado do que assumirmos os nossos erros e com isso vai repetindo,... alunos chegando à exclusão.
 Estive várias vezes na escola conversando com a professora, mas não tinha acordo sempre me dizia:
-Sinto muito mãe, mas se ele não melhorar vai repetir mesmo.
Até que um dia cheguei à escola para conversar com a diretora e levei o caderno que trabalhava em casa com o  Pedro e perguntei:
- Porque o Pedro não faz nada na sala de aula e em casa realiza todas as atividades que eu lhe proponho como à senhora pode verificar, qual é a sugestão que a senhora tem para me oferecer diante dessa situação?
A diretora ficou surpresa, não soube explicar e no momento em que estávamos conversando ouvimos um forte grito da professora, onde ameaçava as crianças dizendo: “fiquem quietos, porque se continuarem não vão para o intervalo”.
Diante do que havia ouvido estava mais do que confirmado, que o problema realmente estava na relação da professora com os alunos.
  Havendo a confirmação, deveria apresentar uma proposta para poder solucionar o problema.
Por outras vezes que estive na escola, sempre verificava a sua falta de respeito para com os alunos, chegamos a conversar com a mesma sobre a forma de tratamento, mas, foi bem clara dizendo: “os alunos tem que se acostumar, esse é o meu jeito e eu não mudo”, então falei:
-Professora ninguém é obrigada a se acostumar com gritos, caso não tenha uma mudança na sua forma de tratamento para com os alunos terá muitos outros alunos com dificuldades.  
Notei que não gostou muito, mas eu não estava preocupada queria mesmo é dar uma solução ao problema, foi muito interessante que depois daquela conversa que tive com a mesma, não recebi mais recadinhos.
Após as férias a professora não voltou mais, sendo a classe substituída por outra professora com uma didática totalmente diferente, onde prevalecia o diálogo e o respeito pelos alunos.
Sendo assim, o Pedro deslanchou e a nova professora me disse:
- Olha mãe o Pedro está indo muito bem, então explique a ela que eu trabalhava com ele em casa, e sempre o valorizava respeitando seus limites e sua faixa etária.
Colocarei em anexo algumas atividades e brincadeiras que trabalhei com o Pedro, onde a luta foi grande para não deixar que o mesmo se sentisse com a auto-estima-baixa e se desenvolvesse a cada dia.
Espero poder colaborar com as pessoas que leem este relato, pois meu maior objetivo é contribuir para que nos professores e pais antes de julgar possam estar fazendo uma auto-avaliação da nossa prática com os nossos pequenos.
É tão fácil jogar a culpa nos pequenos e não assumirmos os nossos erros precisamos estar sempre fazendo uma auto-avaliação para não cairmos no pecado de estarmos matando os sonhos de quem apenas está começando é preciso saber compreender para que não haja tantas exclusões. 
Observação: Fato verídico porém, o nome da criança é fictício.


       



                                  

 " É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais."
                                                                                      ( Coelho Neto )


                           

Bons estudos,....

Deus os abençoe!!!!

Beijos,....

Maria do Carmo.
                                     

Nenhum comentário:

Postar um comentário