Como sabemos desde os primórdios
temos a notícia que o homem brinca, podemos verificar as impressões
arqueológicas e pinturas onde nos apontam na Antiguidade a existência dos jogos
e a construção de brinquedos.
Dê acordo com Piaget, onde todos
nós passamos por quatro grades etapas, vejamos cada uma delas de acordo com as
reflexões de Pasqualotti, para podemos entender melhor porque o brincar é tão
importante para o desenvolvimento da criança.
Desenvolvimento intelectual da
criança: um processo temporal "[...] existe uma inteligência antes da
linguagem, mas não existe pensamento [...] A inteligência é a solução de um
problema novo para o indivíduo [...], enquanto pensamento é a inteligência
interiorizada e se apoiando não mais sobre a ação direta, mas sobre um
simbolismo, sobre a evocação simbólica pela linguagem, pelas imagens
mentais". (Piaget, 1972, p.
15-16)
O período sensório-motor leva
tanto tempo para se desenvolver, isto é, a aquisição da linguagem é tão tardia,
pois necessita de um sistema de ações interiorizadas, isto é, um sistema de
operações, que é executado não mais materialmente, mas interior e simbolicamente.
Para que isso ocorra é necessário que exista um sistema de ações afetivas e
materiais, para em seguida ser capaz de construí-las em pensamento. De
acordo com Piaget,
É por isso que existe um período
sensório-motor tão longo antes da linguagem; é por isso que a linguagem é tão
tardia, com relação ao desenvolvimento. É necessário um amplo exercício da ação
pura para construir as subestruturas do pensamento ulterior (Piaget, 1972, p. 17).
Das noções elaboradas pela ação
material no nível sensório-motor e que o pensamento se servirá ulteriormente,
pode-se destacar: a noção do objeto, do espaço, do tempo e de causalidade.
Segundo Piaget, é o período da infância em que as aquisições são mais numerosas
e rápidas. Em outras palavras, o desenvolvimento é singularmente acelerado
durante o primeiro ano de vida da criança.
O segundo período, chamado
pré-operatório - que vai até aproximadamente os sete anos - aparece na criança
à capacidade de representar alguma coisa por meio de outra, a qual foi chamada
por Piaget de "função simbólica". Nesse nível aparece um conjunto de
símbolos que torna possível o pensamento, o qual segundo Piaget é um sistema de
ações interiorizadas, que por sua vez não é apenas uma tradução, mas uma nova
estruturação e que leva um tempo considerável para se desenvolver. De acordo
com Piaget,
O desenvolvimento não é linear: é
necessária uma reconstrução [...] o que foi adquirido no nível sensório-motor
não pode ser continuado se mais, mas deve ser re-elaborado no nível da
representação, antes de atingir essas operações e conservações (Piaget, 1972, p. 23).
No terceiro nível, chamado
operatório concreto - que inicia aos sete anos em média e que vai até os doze
anos - ocorre uma modificação fundamental no desenvolvimento, pois, segundo
Piaget, a criança se torna capaz de coordenar ações no sentido da
reversibilidade, isto é, capaz de agir com certa lógica. Nesse período a lógica
não se aplica sobre enunciados verbais, mas sobre os objetos; pela primeira vez
a criança é capaz de operar.
No quarto período, chamado
operatório concreto, a criança se torna capaz de raciocinar e de deduzir sobre
hipóteses e preposições, e não somente sobre objetos manipuláveis - Piaget
chamou de lógica das proposições.
Com relação aos estudos sobre a
possibilidade de acelerar ou frear o desenvolvimento intelectual da criança
Piaget constatou que este é, antes de qualquer outra coisa, uma questão de
equilíbrio e é possível acelerá-lo. Entretanto, corre-se o risco de romper o
equilíbrio se o desenvolvimento for acelerado além de certos limites. Segundo
Piaget,
O ideal da educação, não é
aprender ao máximo, [...], mas é antes de tudo aprender a aprender; é aprender
a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola (Piaget, 1972, p. 32).
Ao observarmos os quatro estágios
podemos verificar que estamos sempre aprendendo novos conceitos assimilando e
acomodando para que possamos compreender a realidade do mundo.
Sendo assim, quando respeitamos
os estágios das crianças e incluímos as brincadeiras na nossa didática
poderemos criar habilidades essenciais, que possibilite e a capacite de lidar
com sentimentos, desafios, regras e limites, sendo assim ira dando-lhes base
para que possam administrar situações cotidianas com eficácia e sabedoria,
atingindo assim a idade adulta.
É brincando que podemos realizar
diversos exercícios prazerosos da nossa vida, onde iremos proporcionar a criança que adquira,
a autoconfiança,autonomia, para que
possa aprender a lidar com regras, limites e o respeito mútuo.
Ao brincarmos com as crianças
estamos auxiliando a compreender a lidar com seus sentimentos em busca dos seus
desejos conseguindo vencer com paciência e confiança a frustrações que muitas
vezes possa existir.
Sendo a brincadeira primordial no
processo pedagógico, proporcionando habilidades, desenvolvendo a criatividade e
a auto-estima da criança.
É preciso que haja tempo e espaço
suficiente para a criança brincar, para que solte sua imaginação invente sem
medo de ser punida e assim ela irá aprender a lidar com conflitos e irá
desenvolver cada dia mais sua mente. Conforme Campos, ”... experimentar está
ligado à permissão do erro. O permitir-se errar, trocando o medo pelo
conhecimento que se adquire ao ousar-se fazer alguma coisa pouco a pouco traz a
segurança que é fundamental para a aprendizagem” (2000, p. 78).
Sendo a brincadeira um fenômeno
cultural com múltiplas manifestações e significados, nesse ambiente a criança
dá se o direito de errar. Onde permite o brincar livre, sem medo de ser punida
transformando o brincar em um exercício de preparação para a sua vida. Quando a
criança está brincando e acontece de errar encara como se nada tivesse
acontecido, sendo assim poderá repetir a simulação quantas vezes achar
necessária e assim irá superar os obstáculos e conquistar a vitória
consolidando com sua autoconfiança.
Como nos ressalta Pain, “A
resposta do meio do sujeito que não aprende é uma imagem excessivamente
desvalorizada de si mesmo” (1985, p. 77).
Não devemos permitir que a
criança adquira essa imagem desvalorizada de si mesmo, sendo os conteúdos
escolares onde irá exigir abstração para aprender se não construir o suporte
abstrativo que o auxilie, nesses conteúdos não terão compreensão e nem
significados para o mesmo.
Portanto faz-se necessário que
família, professor e seus cuidadores desempenhem a tarefa de estimular a
criança através de diversas brincadeiras embutido assim os conteúdos escolares
e fazendo uso de regras, limites, e sobre tudo, não exigir dos mesmos
desempenhos que não coincidem com o estágio em que se encontra.
Gradativamente iremos verificar
em seu convívio social que se encontra mais solidária responsável, criativa,
autônoma e cooperativa com seus companheiros.
Quando se considera o brincar
como ato de aprender em construção e respeita o estágio no qual a criança
encontra-se esse por sua vez irá desenvolver cada vez mais o seu raciocínio.
Assim o brincar possibilita as crianças maiores estimulo, além de permitir
habilidades operatórias que envolvem a identificação, observação, comparação,
etc. onde irá interagir e integrar-se melhor com a realidade.
Fazem-se necessário oferecer
oportunidades as crianças sempre as encorajando e conduzindo a obter liderança
e controlar seus desejos, através das brincadeiras o professor irá mostrar lhes
a necessidade de união, preparando para o convívio da sociedade.
Não tem sentido pensar em
progresso escolar se o brincar estiver desvinculado da realidade das crianças
qual essa faz parte.
Seguirá em anexo alguns exemplos
de brincadeiras onde envolve: expressão corporal, oralidade, raciocínio lógico,
etc... Lembrando que as brincadeiras devem ser bem planejadas para que não
perca o principal objetivo que é onde brincando também se aprende.
Aprender e ensinar através do
brincar são termos de consciência onde não estamos apenas formando
profissionais para o mercado de trabalho, mas também estamos preocupados em
formar cidadãos: inteligentes, criativos e consciente de seus atos.
" Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho." ( Paulo Freire )
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho." ( Paulo Freire )
" O melhor educador é o que conseguiu educar a si mesmo. "
( Provérbio Oriental )
"A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês.
Em todas as minhas orações em favor de vocês, sempre oro com alegria "
( Filipenses 1:1-3 )
Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês.
Em todas as minhas orações em favor de vocês, sempre oro com alegria "
( Filipenses 1:1-3 )
Bom Pessoal vou ficando por aqui, aproveito para lhes agradecer pelas visitas e pelos comentários, estou muito feliz e peço a todos que continuem deixando seu recado, seja para elogiar ou para fazer uma crítica construtiva, pois, somente assim, poderei verificar as minhas falhas e procurar melhorar o nosso cantinho cada dia mais, para que possamos realizar diversas pesquisas!
Fiquem na Paz!!!
Bons Estudos!!!
Beijos,...
Maria do Carmo.
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