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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Dando Sequência aos Estudos Obra Destinada a Todos Educadores,...

Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica - Col. Educação Contemporânea

De acordo com Gasparin “A instrumentalização é o caminho pelo qual o conteúdo sistematizado é posto à disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e, ao incorporá-lo é posto em instrumentos de construção profissional” (p.51).

Porém, faze-los ver o conhecimento de um ângulo na fase preparatória irá avançar e é neste nível que as perguntas levantadas irão exercer a função de incentivar o educando.

Esta construção se dá na relação entre alunos, professores e conteúdo, sua ação conjunta proporciona um momento de ruptura entre o conhecimento cotidiano e o científico.
O professor é que define as características intrínsecas de cada conteúdo, não perceptíveis aparentemente para o educando. Sendo esta tarefa será desenvolvido por meio da Instrumentalização, momento em que irá consistir na solução das questões emergidas nessa fase da “Problematização”.

A Instrumentalização é a fase de estruturação do conhecimento científico. Mas, para compreender a formação desses conceitos científicos, na fase escolar, Gasparin, baseou-se nas teorias de Vigotski, e analisa como se dá esse processo de construção na mente das crianças.

Portanto, para Vigotski,”(...) o curso do desenvolvimento do conceito cientifico nas ciências sociais transcorre sob as condições do processo educacional, que constitui uma forma original de colaboração sistemática entre o pedagogo e a criança, colaboração essa em cujo processo ocorre o amadurecimento das funções psicológicas superiores da criança com o auxilio e a participação do adulto (...) ( p.57)

O desenvolvimento dos conceitos científicos ocorre na mente da criança pelo mesmo caminho que  o desenvolvimento dos conceitos cotidianos. Por isso, enquanto criança, a elaboração sistemática deverá ser com o auxílio do adulto. Gasparin enfatiza que:

“Os conceitos do professor não são transmitidos de forma mecânica e direta ao aluno: não são passados automaticamente de uma cabeça para outra. O caminho que vai desde o primeiro contato da criança com o novo conceito até o momento em que a palavra se torna propriedade sua, como conceito cientifico é um complicado processo psíquico interno e envolve a compreensão da nova palavra, seu uso e assimilação real.” (p.58)

O autor questiona como a mente da criança reagirá ao confrontar-se no ambiente escolar com conceitos mais aprimorados, ou seja, conceitos que antes não fazia parte do seu cotidiano.
Mas Vigotski irá responder:

(...) poderíamos dizer que os conceitos científicos, que se formam no processo de aprendizagem, distinguem-se dos espontâneos por outro tipo de relação com a experiência da criança, outra relação sua com o objeto desses ou daqueles conceitos, e por outras vias que eles percorrem do momento da sua germinação ao momento da informação definitiva. (p.60). 

O autor enfatiza que esses dois processos de construção conceitual e o nível de desenvolvimento dos dois campos do conhecimento jamais ocorrerão ao mesmo tempo, pois a ampliação de um, implica na estagnação do outro. Sendo um procedimento bem complexo.
“Desta maneira a tomada de consciência, entendida como uma generalização conduz de imediato ao domínio, á apreensão” (p.68). 






 “(...) o desenvolvimento da criança é considerado um processo subordinado às leis da natureza, que transcorre segundo um modelo de amadurecimento. A aprendizagem é vista como a simples utilização externa das possibilidades surgidas no processo de desenvolvimento. Assim, a aprendizagem constrói-se sobre o amadurecimento e depende do desenvolvimento.” (p.71).




Beijos,.....

Maria do Carmo.

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